A VIDA ADULTA DE PAGU

DO NASCIMENTO AOS 30 ANOS




Patrícia Rehder Galvão nasceu em 9 de junho de 1910, em São João da Boa Vista – SP, sendo a terceira filha de Adélia e Thiers Galvão de França, e trazendo nas veias o sangue dos imigrantes alemães e dos quatrocentões paulistas. Quando estava com apenas 12 anos, nasce a Semana de 22, a aurora do Movimento Modernista, que protestava contra o servilismo brasileiro à cultura e arte estrangeira, especialmente a européia.





Em 1925, aos 15 anos, normalista, e já tendo passado por escola de freira (onde, entre outras coisas, fumava escondido, pulava muros e dividia traquinagens com a irmã e melhor amiga, Sidéria), estréia como colaboradora no“Brás Jornal” de São Paulo, com o pseudônimo de “Patsy”. Em 1928, o amigo e poeta Raul Bopp dá-lhe o apelido que se tornaria o mais conhecido: “Pagu”, pensando que seu nome fosse Patrícia Goulart. Nesse mesmo ano é apresentada aos modernistas do grupo de Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Benjamin Peret e outros. Pagu tem apenas 18 anos, então. É muito inteligente, cheia de vida e audácia, original e pertencente ao mundo de idéias vanguardistas. Mas é também apenas uma menina de 18 anos – e não uma espécie de devassa desvairada, inconseqüente, destruidora de lares e pares “perfeitos”. Tarsila e Oswald são fascinados por ela e praticamente a adotam. Ela, por sua vez, os admira e os ama com todo o ardor de que a juventude a reveste.

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