INICIO DE NAMORO.




Os casais de hoje têm que enfrentar diversos desafios para manter um relacionamento estável e com perspectivas para o futuro. Como nenhum namorado vem com manual de instruções, ouvimos duas psicólogas e psicoterapeutas que atuam na área de relacionamentos, Iracema Teixeira, doutora pela UFRJ, e Kelen B. Pizol, da USP. Veja as dicas das especialistas para quem começou a namorar agora, ou já tem alguma experiência, mas está meio perdido:


Um estranho em minha vida: descoberta e adaptaçãoO começo do namoro é um momento cheio de novidades. Você está descobrindo o outro e aprendendo a lidar com ele e com a situação. Costuma ser bem divertido e animador, mas já nessa fase podem aparecer algumas diferenças que precisarão ser trabalhadas. “Todo o processo passa por uma adaptação. Agora, se esse processo tiver um fator complicador, isso ficará claro desde o namoro, e aí, na fase de adaptação cabe à pessoa saber se vai superar ou não”, diz Iracema. Segundo a psicóloga, a adaptação ao outro “pode ser mais ou menos difícil. Vai depender das expectativas que cada um cria em relação ao relacionamento ou ao outro”, completa. 

Ciúme em tempos de redes sociaisA internet está acabando com a privacidade dos relacionamentos, mas cada uma interpreta essa publicidade de uma forma: ela pode ser positiva, se não houver excesso de vigilância ou controle, ou negativa, se servir para estimular o ciúme. Cada caso é um caso, e cada casal deve decidir como se adaptar ao mundo virtual. A sugestão é conversar e tentar estabelecer limites. O mais importante é mostrar que o investimento no principal, ou seja, na relação “real”, está sendo feito. E como diz Kelen, "quem não tem o que esconder fica com a consciência tranquila".


Como ficam os amigosComeçou a namorar e não teve mais tempo para os amigos? Cuidado. Isso é até normal, mas às vezes pode ser um sinal de que algo precisa ser repensado na relação. “Os amigos reclamam, mas é assim mesmo. Agora, se excluir do mundo em função do outro é problemático”, diz Iracema. Para Kelen, o equilíbrio é fundamental, pois muitas vezes, quando o relacionamento acaba, a pessoa se vê só porque deixou os amigos de lado.
Aprovação da famíliaDepois de muitos séculos ditando o futuro amoroso dos filhos, hoje a opinião da família, apesar de importante, não é a última quando se trata da escolha de quem as pessoas vão namorar. “Nesse século, a escolha do parceiro(a) passou a ser pessoal, e a aceitação da família tem uma influência secundária, não se torna um impeditivo”, diz Iracema. Segundo as especialistas, a família pode relutar em aceitar a escolha dos filhos, mais devido aos padrões impostos pela sociedade do que pela opinião dela em si. “Mas a tendência é que, vendo que o relacionamento é sério, tem futuro, a família aceite”, explica a psicóloga.

Camisinha, simSexo seguro não tem mais a ver com caretice e sim com saúde pública, mesmo que o relacionamento seja sério e duradouro. Segundo especialistas, muitas mulheres ainda ficam tímidas ao pedir que o homem use camisinha, mas é preciso se impor. A dica é – mais uma vez – conversar. Para uma relação ser bem-sucedida também na cama, é preciso entendimento e respeitar as vontades do outro.

Como equilibrar amor x responsabilidades
Compromissos, trabalhos, vestibular, provas, academia, natação, curso de espanhol... E como fica o outro? O equilíbrio é palavra-chave numa relação a dois. As especialistas afirmam que, quando se investe numa relação, em alguns momentos é preciso abrir mão de algo. Resta saber o quanto cada um está disposto a perder, para ganhar do outro lado. “As pessoas não estão tendo tempo para elas nem para o relacionamento. E isso depende do limite de cada um, até onde cada um aceita isso”, diz Kelen. 

Ex como amiga(o). Funciona?Para que um relacionamento dê certo, é preciso negociação e flexibilidade, pois em alguns momentos, um lado vai ter que ceder. O problema é que algumas coisas são negociáveis e outras “inegociáveis” numa relação. Para uns, o caso da amizade com ex-namoradas está na lista de inaceitáveis. Tudo depende de quem está ao seu lado. “É preciso conversar, negociar. Perguntar se para a pessoa aquela situação é muito difícil e tentar compreender. Mas sem ceder sempre, o que pode se tornar um problema”, diz Iracema.

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