RESUMO DA HISTÓRIA DA SEXUALIDADE






A sexualidade é uma experiência histórica singular que inclui a preocupação moral e o cuidado ético e liga as técnicas de si às práticas em relação a si. A História da sexualidade 2, foi construída seguindo a estrutura da constituição de si, dos jogos de verdade e da interação com as regras de conduta. A problematização feita foi a partir das práticas que envolvem o dito objetos de estudo, ou seja, o simbólico em torno da sexualidade. Para os gregos antigos, o ato sexual era positivo. Já os cristãos o associaram ao mal e passaram a excluir
uma série de atitudes, pois viram a queda na infidelidade, no homossexualismo e na não-castidade. Prega-se, a partir daí, a abstenção, a austeridade, o respeito à interdição, de modo que o indivíduo sujeite-se ao preceito cristão em torno do sexo. A homossexualidade era livre na Grécia Antiga e fazia parte dos ritos mantidos por mestres e pupilos em busca da sabedoria.


Numa incursão na Idade Antiga, explica-se as práticas de si. Os gregos não tinham instituições para fazer respeitar as interdições sexuais, como a Igreja que surge fundamentada, no século IV, pelo filósofo Santo Agostinho. Eles tinham toda uma técnica de atenção ao corpo, uma dietética voltada para a gestão da saúde, um cuidado de si que influía nas práticas sexuais. Platão se mostra contrário à sujeição do homem ao domínio de Eros (prazer). Os homens gregos escolhiam livremente entre ambos os sexos. O homossexualismo era permitido pela lei e pela opinião, havendo grande tolerância na sociedade em relação a essa escolha. Acreditava-se que o homem não precisava de outra natureza para isso.Um questionamento, entretanto, havia em torno das relações mantidas entre os homens de idades diferentes. A passividade também era mal vista no adulto, com formação moral e sexual. A homossexualidade tinha o seu papel na pedagogia, que significava a condução do aprendiz pelo mestre, homem mais vivido e, portanto, sábio. Na sociedade, a homossexualidade era vista como uma relação aberta, em que configurava-se também o amor. Sem uma instituição que a estabelecesse, a regulação da conduta estava na própria relação. Jáo matrimônio era restrito ao espaço fechado, menos nobre. No campo da conduta amorosa se distingue honroso e vergonhoso. A temperança é a qualidade mais exigida. Aos poucos, acontece o deslocamento do problema dos rapazes para a mulher e do corpo para o desejo. A côrte se transfere para a mulher, ainda inferior. A homossexualidade grega estava ligada a côrte, reflexão moral e ascetismo filosófico. Ou seja, na Grécia o sexo não foi realizado só por prazer. Cedia-se em prol de uma elaboração cultural. Praticava-se o isomorfismo nas relações sexuais e nas relações sociais. Na própria estrutura social entende-se esses usos do corpo, em razão do status inferior da mulher e do escravo, enquanto que os jovens estavam acima deles. Os homens livres podiam se ter, pois se encontravam no mesmo nível, separados pelo fator etário e econômico, que eram, estes sim, os guias para o comportamento. Os gregos pensavam a desigualdade passivo-ativo. Discutia-se o verdadeiro amor e como o universo grego era explicado por mitos ancestrais, um exemplo é a concepção do amor em O Banquete, de Platão. Foucault inicia suas conclusões de Historia da Sexualidade 2 a partir da forma como se exerce o controle da sexualidade na história, sustentando que os gregos se interrogaram sobre o comportamento sexual como questão moral, no século IV, o sexo aparece como prática que leva à perda da substância vital e como corruptor de princípios morais e médicos, como a fidelidade, a temperança e a castidade. 
http://www.netsaber.com.br/resumos/ver_resumo_c_3014.html

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